Amor, talvez?

23:24


   "Aquela era a primeira vez que eu te via. Ou melhor, que te conhecia. Não pude deixar de notar o enorme sorriso que surgiu em seu rosto, seguido de uma "esmagadinha" no olhar, extremamente fofa assim que me viu. Esse jeitinho todo seu, que me conquistou desde as primeiras conversas.

   Então você se levantou, me abraçou e ali eu me senti surpreendentemente refugiada. Aquele "você está linda" dito baixinho em meu ouvido, soou muito melhor que qualquer música. Não pude evitar um sorriso. De vergonha. Felicidade, talvez. Ah sim, felicidade resumia muito bem o que eu senti naquele momento. Você retribuiu. Não parecia vergonha. Felicidade, talvez?

   Você sentou. Eu sentei. Sorri feito boba. Dizem que felicidade demais deixa a gente assim, meio boba. Era finalzinho de tarde, eu bem me lembro. Ventava bastante. Conversamos bastante. Você olhou nos meus olhos. Vento. Cabelo no rosto. Droga.

   Me lembro bem da senhora que passou sorrindo para nós. Éramos tão bonitinhos assim?

   Era bom me dar tão bem com alguém. Principalmente com você.

   Dizem que quando é com a pessoa certa, as coisas simplesmente fluem. E fluíram.

   Fomos andar. Enquanto caminhávamos, seu olhar buscava o horizonte, fazendo um par perfeito com os sonhos que tinha para o futuro. Queria mudar de cidade. Arriscar cursar o que sempre sonhou. Viajar.

   Novamente você fixou seu olhar no meu, de uma forma tão intensa e encantadora que me fez - só talvez - desviar o olhar para baixo. Eu sou tímida, você bem sabe. Então você pegou minha mão, como se não soubesse daquilo. Me encorajou.

   Eu gostava bastante de você. Do seu jeito de enxergar a vida e por ser tão apaixonado por ela. De como você conseguia ser divertido e encantador da sua maneira. E gostei ainda mais de quando descobri quão bom era seu beijo, a leve passada de mão em meu rosto, seguida do "colocar meu cabelo por trás da orelha", sem motivo aparente.

   Era você. E por ser simplesmente você, as coisas se encaixaram. Dentro de mim, mais nada parecia incomodar. Estar ao seu lado fez com que eu voltasse a ser igualmente sonhadora.

   Aquele era você, naquele noite de Março, na porta da minha antiga casa. Pela primeira vez parecia um pouco sem graça. Logo depois de me dizer o quanto era especial para você, me olhando com o mesmo olhar daquele primeiro beijo, você pegou na minha mão. A que a segurava por cima foi até o bolso da sua calça. A outra também. Você puxou algo de lá de dentro. Me fez uma pegunta. Meu coração disparou. Era amor, talvez. Ah sim, amor resumia bem o que eu sentia quando disse "Sim". Você sorriu, colocando a aliança em meu dedo. Não parecia mais sem graça.

   Amor, talvez?"



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